Páginas

sábado, fevereiro 11, 2012

dona

chegou presa à cidade
não único jeito para uma mulher
mas único para ela seu caminho

amparada admirada compreendida
dona servia aos seus
saía pelas ruas em diligências específicas
para providenciar as coisas
de nutrir e de limpar
os seus..

dona estava na cidade e ainda não tinha entrado nela
não.. este universo controlado?
todos protegidos da vida pelo controle compartilhado da vida
e pior: fingindo felicidade
e ainda mais: doentes de tristeza..
não. para além da panelinha de classe
havia outras pessoas..

e dona começou a procurar
encontrou então um ogro domesticado
encantador na sua animalidade
porém triste de submição
ele mesmo explicava:
sou civilizado..

o outro era bonito inteligente e charmoso
por que nem assim sentia-se seguro?
para que tanta cena? e ele mesmo já contava logo
que era complexo de pau insatisfações de homem consigo mesmo

dona voltava aos seus meio decepcionada
onde pessoas? e continuou a procurar..
dona saia sempre agora suas diligências levavam-na
onde ela queria ir ah procurar já era achar
dona frequentava conhecia comunicava
agia